A partir de 2024, a gerência da DC Studios vai tomar rumos diferentes nas telas da TV e do cinema, já que está sob nova direção (spoiler do tema do próximo texto), trazendo assim novos artistas que entrarão para compor essa equipe e construir uma história tão bem construída quanto o que a Marvel Studios conseguiu durante os últimos 15 anos.
Uma das personagens que vai ser adaptada para as telonas será a Supergirl, pegando a minissérie graphic novel lançada entre 2021-2022, indicada ao prêmio Eisner, Supergirl: Mulher do Amanhã como base para construir um filme. Com essa jogada de marketing, a DC me instigou a ler esse quadrinho escrito por Tom King, e por isso lhes trago o que eu achei dessa história que fala sobre vingança e mistura drama, política e ficção científica.
Nas primeiras páginas é nos apresentada a personagem Ruthye, a narradora dos oito capítulos, que após ver seu pai ser assassinado com uma espada enfiada no peito e deixado largado no meio do deserto pelo mercenário Krem dos Montes Amarelos, busca por vingança com a mesma espada que matou seu amado pai e recebe a ajuda de Kara Zor-El, a Supergirl, que também está atrás de Krem por ele ter envenado Krypto com uma de suas flechas.
Enquanto as duas viajam o universo atrás de Krem dos Montes Amarelos (difícil esquecer o nome, já que a Ruthye repete toda vez), o que provavelmente empolga o leitor a continuar a história e é como se a todo momento a Supergirl enfrentasse seus próprios limites e, diferente do seu primo Kal-El, Kara não é um poço de paciência e serenidade, portanto não leva desaforo pra casa, mesmo quando o Sol está ou não a seu favor, seja ele amarelo, vermelho ou até mesmo verde.
O que mais deixa a história em outro patamar é o aumento da mitologia da heroína, que sempre foi retratada meramente como a pequena prima do Superman de Krypton, e nessa história sofre um pequeno, mas importantíssimo retcon em sua origem que aprofunda o seu passado no seu planeta natal, como foi a experiência, as sensações e sentimentos no pós-destruição de sua casa. Sem data de lançamento, o filme inspirado no quadrinho ainda não tem nada divulgado sobre a produção, mas se ele tiver a essência do que essa história é e como ela foi escrita, a personagem vai receber tanto o apoio do público quanto da crítica.