O clássico livro O Conto de Aia, de Margaret Atwood, tem retomado sua relevância. O livro de 1985 ganha ainda esse ano uma adaptação no Hulu, site de vídeos sob demanda americano.

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O seriado, bem como o livro, se passa em um futuro distópico, no qual o presidente dos Estados Unidos é assassinado em um atentado terrorista, assim dando espaço para uma facção católica, que assume o poder e impõe um regime totalitário. Baseado no Antigo Testamento, o regime da agora chamada República Gilead, separa a sociedade em castas, restringindo os direitos de grande parte da população, mas principalmente das mulheres. É nesse cenário em que acompanhamos Offred (Elisabeth Moss, Peggy em MadMen), uma das poucas mulheres, graças à vasta contaminação do ar, a manter-se fértil, o que a torna uma “handmaid”, ou seja, mulher cuja função é a procriação.

Desde as eleições presidenciais nos Estados Unidos, The Handmaid’s Tale ganha força como símbolo de movimentos feministas ao redor do país. No Texas, mulheres foram ao Senado com as vestimentas das “handmaids” para protestar contra as leis SB 415, que baniria os abortos após o segundo trimestre de gestação e SB 25, que permitiria que médicos omitissem coisas de suas pacientes grávidas, assim impedindo processos em casos de anomalias fetais e possíveis abortos provenientes delas.

 

 

Com diversos direitos civis sendo ameaçados pela atual presidência americana e a nova onda de conservadorismo pelo mundo, símbolos e histórias como as de Offred tornam-se cada vez mais importantes.

 

De grão em grão, tanto bate até que fura.