Para muitas pessoas, as mudanças no planeta são imperceptíveis. Com milhares de coisas acontecendo e “evoluindo” ao nosso redor, é difícil notar qualquer mudança estranha nas paisagens com as quais estamos acostumados. E é quando finalmente paramos para reparar nessas paisagens que paramos para dimensionar a beleza e grandiosidade do planeta em que vivemos.

O impressionante trabalho do cinegrafista francês Morgan Jouquand em “Mother” nos mostra como apenas uma imagem da Terra e das suas posteriores interferências podem oscilar entre graciosidade, imensidão e um sério “pedido de ajuda”. O artista visitou 13 países, do sudoeste da Ásia, passando pela Oceania até a América Latina e utiliza da trilha sonora e da montagem (cortes secos e distorção de imagem) para evocar o sentimento de que, apesar da beleza, há algo de errado nas paisagens.

Crítico mirim, desenhista amador, escritor júnior e futuro diretor (se tudo der certo).