Uber. O moderno serviço de transporte que faz alguns taxistas tremerem numa mistura de medo e raiva e, ao mesmo tempo, faz empresários e os millenials sorrirem.

A marca que se tornou sinônimo de bom serviço mudou seu logo no começo desse mês, fazendo com que alguns milhões de usuários ficassem procurando, sem sucesso, pelo antigo e fino “U” em seu quadrado preto.

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Em 2010, quando Travis Kalanick e alguns amigos lançaram o aplicativo, ele estava longe de ser o que é hoje. Naquela época ele era uma maneira elitista de transporte, com carros como limusines e BMWs, segundo Kalanick era a tentativa de algo luxuoso.

Em 2012, Shalin Amin entrou na empresa já com a proposta de atualizar a marca, o que só aconteceria no fim de 2013.

Eles começaram a entrevistar agências, mas não acharam nada que parecesse certo. Na realidade, nem eles realmente sabiam o que queriam, pois não sabiam o que a empresa era no momento.

Os próximos 18 meses foram usados para desenvolver os pilares da empresa: grounded, populist, inspiring, highly evolved and elevated. O próximo passo era uma fonte.

O designer brasileiro Roger Oddone saiu do Google em março de 2014 e trouxe ao Uber em torno de 200 novas fontes, das quais duas foram aprovadas por Kalanick, e da junção dessa saiu a fonte nova e fácil de ler da marca.

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No começo do ano passado, o CEO decidiu que a empresa não precisava ser modernizada, mas sim mudar completamente.

O conceito do rebranding surgiu de um post de Travis, que descreve a cultura do Uber em bits e átomos. Bits representando a eficiência envolvida no sistema da companhia e átomos, a parte orgânica (vulgo, as pessoas).

Com o conceito em mãos, os padrões surgiram naturalmente. A designer Catherine Ray tirou a ideia dos azulejos de seu banheiro e deles desenvolveu 50 opções e, com Kalanick, chegaram a um padrão que representaria a marca globalmente.

A escolha de cores foi complicada, já que Travis as escolhia conforme ao seu gosto pessoal. Eventualmente o time percebeu que uma pessoa não deveria controlar tudo, mesmo que essa pessoa seja o CEO, pois com o objetivo de ter uma marca fluida, desenhar uma marca para Kalanick não seria de grande ajuda. E foi aí que a ideia de diferentes cores para diferentes regiões surgiu.

Em um mês o design final estava pronto – um bit com um padrão ao fundo. Mas a equipe estava preocupada se o usuário faria a conexão com a marca e, em meio de novembro do ano passado, eles voltaram a discutir o design.

Foi aí que o designer Bryant Jow desenhou formas geométrica em cinco quadrados diferentes e a equipe percebeu o que faltava: o Uber não era mais apenas um aplicativo e, por isso, cada produto teria seu próprio logo.

uberlogo

Em janeiro de 2016, com os designs finalizados, Kalanick diz a Amin que se em dois dias ele não desse noticias, tudo estaria bem. E 48 horas depois nascia o novo Uber, com sua proposta ajustável e individual, tudo sem deixar de lado a eficiência e os funcionários – bits e átomos.

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A menina que não sabe o que escrever.