Antes de março de 1997, as animações japonesas eram praticamente desconhecidas no ocidente, mesmo que alguns canais americanos já tivessem animes em sua programação. Essa data foi um marco para a cultura de anime fora da ásia, a estreia de Toonami, um bloco do Cartoon Network focado em adolescentes e com uma programação exclusivamente de animação. O diferencial da Toonami até ali foi a formação de um bloco que compreendia e respeitava sua audiência, e que ao mesmo tempo introduzia animes como um estilo ao invés de um gênero.

A criação de uma identidade visual foi essencial para o sucesso do bloco, que durou 11 anos e voltou em 2012 após uma campanha pedindo o seu retorno. Os pedidos pela volta foram consequência de uma piada de 1º de Abril, na qual justamente o apresentador “Tom”, um personagem criado apenas para o Toonami, iniciava a programação como sempre fez.

tomTom sofreu diversas mudanças ao passar dos anos.

O Youtuber kaptainkristian analisou o sucesso do bloco nos Estados Unidos, portanto vou buscar compreender seu sucesso no Brasil.

A chegada da Toonami no Brasil foi tardia, estreando em 2 de dezembro de 2002. De forma semelhante com os EUA, no Brasil animes já eram exibidos porém de forma desorganizada. Enquanto isso Toonami tinha uma programação bem definida, passando todo dia após as 18h e durante a madrugada, além de trazer vários animes que eram novidades no país, como InuYasha. No entanto, ao passar dos anos o Cartoon Network passou a se interessar em animações americanas, que acabaram substituindo o bloco, terminando sem aviso prévio. Hoje em dia, o bloco foi substituído por outros diversas vezes e sem dar continuidade para animes menores, mantendo apenas Pokemon ou Dragon Ball.

Viciado em games, viciado em futebol, viciado em cinema, viciado em séries e viciado em drogas pesadas: leite, glúten e anime.