#Comportamento por Henrique Castilho

 

 

Tem uma galerinha aí que há muito tempo tem se divertido de um jeito bem fora do convencional. Gente que dispensa bebedeiras, cigarros e drogas. Mas não é esse pessoal conservador chato que fica apontando dedo e cuidando da vida dos outros. Pelo contrário, muitos têm seus ideais enraizados em filosofias radicais da contracultura americana. Sim, gente muito mais radical do que esse pessoal que fabrica seus próprios cigarrinhos nas sombras dos toldos de bares alternativos da Vila Mariana enquanto planeja seu próximo abaixo-assinado ou revolução de facebook.

 

 

Eles são os straight edges. Tribo que nasceu na contramão de gente que já achava que estava na contramão, mas só estava perdida mesmo: os punks. Se os punks se mostravam contra a cultura entupindo pulmões, intestinos e artérias de droga; os straight edges achavam que entorpecentes lhes deixariam mais frágeis e facilmente manipulados. Os mais radicais, inclusive, chegavam a sair pelas ruas agredindo outros punks que estavam bebendo ou se drogando. Mas não é o tipo de atitude que a maioria dos straight edges ostenta. Todo grupo tem participantes que acabam manchando a imagem dos outros.

 

 

Hoje em dia eles não estão mais concentrados apenas em shows de punk e hardcore. Não usam camisetas das bandas e nem tatuam o X – símbolo do movimento – pelo corpo. Existem straight edges na ESPM também, mas cada um com suas próprias ideias. Não existe mais “bíblia” para nenhum movimento. As pessoas continuam seguindo grupos, mas cada uma com sua individualidade preservada. O straigh edge tem uma história interessante e criou uma cultura artística riquíssima. Quem se interessar mais pode ver o documentário acima, Inside Straight Edge, produzido pelo National Geographic e com imagens e relatos impressionantes. Também pode procurá-los pela ESPM, é só prestar atenção no cara que está segurando uma Coca Zero no meio da Lúcio.

 

 

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Henrique passa as manhãs dos dias de semana na ESPM, as tardes dos fim de semana tocando música e as noites de terça vendo a Portuguesa no Canindé.