A indústria dos quadrinhos é repleta de artistas e escritores que se tornam ícones e são capazes de deixar legados seja com um traço ou de suas histórias. Steve Dillon não foge disso e nesse final de semana o artista faleceu aos 54 anos de idade, mas seu traço e seu trabalho com quadrinhos ainda servirá para inspirar os fãs.
O artista começou cedo na indústria e já com 16 anos estava trabalhando com os títulos do Hulk para a Marvel britânica e depois disso ainda trabalhou com Doctor Who e algumas tiras do Nick Fury. Mas o trabalho do britânico ficou conhecido quando ele decidiu se unir ao irlandês Garth Ennis para trazer uma história bastante sádica e de humor negro conhecida como Preacher.
O padre dicotômico e esquentado, Jesse Custer, embarca em uma jornada que durou 75 edições e trouxe um universo bizarro em que Deus fugiu do céu e personagens estranhos como o Cara de Cú e Cassidy, o vampiro alcoólatra irlandês. A história começa no Texas quando Jesse é abduzido por Genesis, um filho misto de anjo com demônio e agora ele precisa cruzar o país procurando Deus.
O traço de Dillon é fácil de reconhecer e ele costumar trazer fisionomias bem parecidas para os seus personagens principais, além de saber dar um tom cômico à cenas bem violentas e gráficas.
cena de Preacher
Justiceiro em Welcome Back, Frank
Wolverine em Wolverie:Origins
Parece não haver muita diferença entre Frank e Logan, mas isso que acaba tornando suas obras tão reconhecíveis, essa aproximação entre os personagens. Olhando de perto os projetos que ele escolhe, podemos relacionar também o fato que ele sempre escolheu personagens com passados ou vidas perturbadas e com conduta violenta: Justiceiro, Wolverine, Juiz Dredd, John Constantine e Jesse Custer.
A dupla dinâmica Ennis e Dillon pode ter chegado ao fim, mas o trabalho deles sempre mostrou um olhar diferente para esses personagens.
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