Nuvens por todos os lados. Bom, pelo menos essa é a tendência que podemos observar no modo de ouvir música e de se relacionar com a tecnologia do entretenimento. Quem diria que a maneira clandestina de realizar download (lembra do ícone do eMule na sua área de trabalho?) estaria entrando em desuso – pelo menos nos dados recém divulgados pelo setor fonográfico – e que os serviços de assinatura alcançariam o topo do mercado digital? E essa mudança tão significativa não aconteceu de um dia para o outro.

O universo musical sempre teve potencial para flertar com o ambiente da internet e parece que atualmente a relação se firmou de vez. Artistas que lotam estádios de fãs ansiosos começaram a lançar os seus clipes em canais do Youtube, álbuns começaram a “vazar” na internet e por meio das redes sociais os ouvintes passaram a ser emissores de informação, uma vez que baixam canções e fazem as suas próprias versões delas originando os famosos remixes e mashups. Dessa forma, um processo gera o outro e os recursos on-line se tornam uma trama de produção.

A internet deixou de seguir uma única linha e passou a bifurcar caminhos e gerar diversas oportunidades. Uma delas foi (muito bem) captada por produtores e desenvolvedores de aplicativos. O chamado streaming passou a representar uma parcela interessante do mercado até chegar a porcentagem atual de 51% do faturamento de música digital no Brasil. Louco, não?

E o número só tende a crescer. Spotify, Deezer e Rdio continuam a investir milhões em seus serviços para que a experiência musical seja plena. Aliás, não tem nada melhor do que separar um momento do dia para ouvir sua canção predileta, não?

Atentos e maleáveis. Essas são duas palavras que podem descrever os serviços disponíveis atualmente, já que ao mesmo tempo que temem a pirataria, os aplicativos mantém um meio termo e fornecem contas gratuitas, tentando superar todas as pressões que partem das gravadoras, dos cantores e dos empresários da área num geral.

Aparentemente, o caminho é mais longo que os fios do seu fone de ouvido podem alcançar. Um modelo que agrade a todos e que gere lucro para os seus criadores ainda é um desafio esperando para ser concluído.

O serviço streaming é uma área promissora, mas que ainda precisa ser lapidada para ser totalmente reconhecida, pois trabalha exatamente com hábitos, formas de consumir e diferentes maneiras de se relacionar com a música em si.

E você, possui algum dos programas citados em seu celular ou computador?

Nome de rei, força de vontade de plebeu.