Sinapse por Mariana Carvalho

São viagens com desconto, maquiagem, shampoo, roupas e até sapatos. Você se cadastra, faz sua compra e paga. As compras chegam na sua casa. Um problema ou outro, mas tudo se resolve e você volta a gastar, principalmente nós mulheres.

Conhecendo bem esse público em potencial que é o brasileiro: tem fome por novidades e vê na internet uma facilidade e praticidade para muitas coisas na vida, Olivier Grinda, co-fundador do BrandsClub e do ClickOn, acaba de trazer para o Brasil o Shoes4you, primeiro site de compra virtual de sapatos – inspirado no ShoeDazzle, sucesso nos States.

Ok, mas agora você vai dizer: “eu já compro sapatos pela internet e não vejo nenhum novidade por aí”. A questão é que: o Shoes4you não é um simples e-commerce, mas sim um “e-fashion”, como denomina o próprio Grinda. O Shoes4you funciona basicamente como o GlossyBox (Lembra? Falamos aqui há um tempo). Você se cadastra, paga uma mensalidade de R$140,00 e recebe, todo mês, um produto, no caso um sapato de sua escolha, já no Glossybox você recebe somente amostras grátis.

Com um mercado que cresce cada dia mais e uma classe média que consome como nunca se viu, as lojas virtuais viram (e ainda vêem) um plantio que pode gerar muitos frutos.

A questão para nós, aqui, é pensar um pouco além: será que a brasileira está propensa a tirar da sua renda R$140,00 para  a escolha de um sapato (objeto de desejo desde antes de Cristo)? A meu ver, o público previsto são mulheres de classe AB, mas não a classe média. Com a ascensão de classe social, as mulheres da classe C têm o anseio de entrarem em lojas, escolherem, escolherem e passarem mais horas escolhendo. E, por fim, pagarem o quanto quiserem (seja mais ou menos de 140 reais). Não querendo dizer, é claro, que essas mesmas mulheres não possam achar um absurdo esse valor para um simple sapato (que podem encontrar em outras de suas lovebrands, por um preço mais razoável, ou até mesmo na liquidação).

Se todas as e-commecers vêm fazendo sucesso no Brasil, bem como a Glossybox (com uma mensalidade fixa), possivelmente Grinda não deu um passo em falso e viu uma bela oportunidade para a entrada de sua e-fashion. A loja estreia agora no final de Setembro e promete tirar suspiros de muitas mulheres. Não espero muito para que outras empresas comecem a “copiar” o novo modelo de negócio no país.

Achei essa matéria lá no Exame e a entrevista com Oliver Grinda, além de interessante, nos mostra uma visão de negócios que ainda pode ser muito mais explorada e que, com certeza, nos próximos anos já estará em um patamar bem mais avançado.

E-fashion e mensalidade fixa para produtos supérfluos: é tendência?!

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