Em que lugar as pessoas inclinam mais a câmera pra tirar selfies? Existem mais mulheres ou homens que tiram fotos de si mesmos? As pessoas costumam aparecer mais tristes ou mais felizes? Em que idade a selfie é mais comum? Apesar de ter sido eleita a palavra do ano de 2013, muito pouco realmente pensado sobre o fenômeno ou quais as possíveis implicações/inclinações sociais, filosóficas ou antropológicas disso tudo. Alguns artigos em inglês estão disponíveis no site.
O projeto Selfiecity é fruto do monitoramento das fotos em redes socias de 5 cidades ao redor do mundo: São Paulo, Berlim, Moscou, Bangkok e Nova York. Foram compilados dados de gênero, posição da câmera, faixa etária, “nível de felicidade”, olhos abertos ou fechados. Todo o processo de mineração das fotos e catalogação foi feito através do sistema de Mechanical Turks da Amazon, onde pessoas com acesso a internet podem se cadastrar para receber dinheiro em troca de tarefas diversas que máquinas teriam certa dificuldade em realizar, como escolher fotos do Instagram,que são consideradas selfies, por exemplo.
O projeto permite a busca de selfies específicas com base nas características medidas, por meio de um incrível (tanto visual quanto conceitual e em termos de interface) sistema de busca. Essa talvez seja a área mais interessante do site.
Alguns dos achados do projeto são bem interessantes:
1. Pessoas de São Paulo são as que mais inclinam a cabeça parar tirar as fotos.
2. Apesar da incrível fama, somente 4% das fotos averiguadas pela pesquisa (em torno de 20 a 30 mil por cidade) eram selfies.
3. Pessoas de São Paulo e de Bangkok tiram mais selfies “felizes”. Moscou é a cidade em que as pessoas estão menos “felizes”.
4. A proporção de mulheres que tiram selfies é ligeiramente mais do que a de homem (menos em Moscou, onde é uma grande maioria).
5. Para as pessoas que ajudaram na categorização das fotos, a controversa duckface é sinal de infelicidade.
Bem, será que você se encaixa nas tendências de selfies da sua cidade?
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