Poucas pessoas creditam de fato aqueles responsáveis por um estilo que marca as narrativas de uma maneira única. Para o americano, Robert Elswit, sua trajetória na indústria do cinema sempre foi marcada por uma alta diversidade, pois trabalhou tanto com grandes blockbusters como Missão Impossível – Protocolo Fantasma, O Legado Bourne, como em filmes mais analógicos como Magnólia, Embriagado de Amor, Os Homens que Encaravam Cabras e Sangue Negro.
Mesmo que tão diverso, podemos perceber algumas características bastante presentes ao longo de todos esses filmes que trabalhou e foram responsáveis por trazer duas visões aos gêneros. Seu reconhecimento veio no filme de 2007, Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson, que lhe rendeu o Oscar e uma parceria, quase que interminável.
Para os filmes mais digitais, o diretor opte por trabalhar aspectos mais físicos dos personagens, principalmente por se tratar de filmes de ação. A luz é diferente e ele trabalha com uma sombra intensa, pois casa com a narrativa de conspiração, enquanto nas cenas de ação gosta de deixar tudo em evidência, dos movimentos dos atores até acontecimentos ao redor da cena.
O Legado Bourne, 2012
Missão Impossível – Protocolo Fantasma, 2011
Já para o filme O Abutre de 2014, o diretor optou por retratar de uma maneira diferente a cidade de Los Angeles. Por se tratar de muitas cenas gravadas dentro de um carro ou nas ruas durante a noite, Robert quis dar um ar bastante negativo e sombrio quanto aquela realidade vivida pelo personagem de Gyllenhaal. As luzes eram bastante naturais e pouca iluminação foi utilizada, dessa forma a sensação de algo obscuro era transmitida de uma maneira mais verídica.
Abutre, 2014
Enquanto para o diretor Paul Thomas Anderson, as características são completamente diferentes, as cores e luzes estão mais presentes e tomadas mais longas são utilizadas para trazer uma dinâmica maior entre os personagens. O excesso de cor, de iluminação ou a falta deles ajuda a compreender melhor o interior de cada personagem, seus anseios, sentimentos e vontades são expressadas na cena junto com a performance dos atores.
Vício Inerente, 2014
Boogie Nights – Prazer sem limites, 1997
Robert Elswit nos mostra como através dos jogos de luz é possível transmitir inúmeras histórias e sentimentos que servem para tornar uma obra ainda maior.
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