Há um tempo, o Marcelo postou sobre a campanha do Mini-Cooper utilizando Realidade Aumentada (Augmented Reality). Mas que diabos é isso? No que ele se aplica?

Cada dia a gente vê mais e mais ações publicitárias utilizando este “sistema”, que consiste basicamente na mistura do mundo real e do mundo virtual. Para isso, é preciso um software que reconheça movimento, sobrepondo os objetos virtuais com os objetos reais, utilizando técnicas de visão computacional e computação gráfica, ou seja, a interação pessoa/computador acontece, basicamente, através de uma câmera (tanto do computador quanto do celular).

A Lego, por exemplo, montou no ponto de venda uma estrutura sob a qual as crianças colocam a caixa do brinquedo e, na tela, aparece ele montado. Muito mais que descobrir qual a figura, a tecnologia cria uma interatividade, fazendo com que a marca ganhe destaque.

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A McCann Erickson também fez uma ação de natal com Realidade Aumentada, que pode ser vista aqui. A Ford Ka e a Fanta, também. A Ray-Ban, mais do que uma simples ação de publicidade, permite que as pessoas experimentem os óculos virtualmente.

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O PS3 desenvolveu o Eye Of Judgment, um jogo que aplica a técnica, transformando cartas em monstros dentro da televisão. Os jogadores interajem com os outros através da identificação do movimento, que é feita por uma câmera que vem junto com o game.

Na verdade, a interação nem sempre depende de uma câmera. No caso da BMW, existe um projeto que utilizará a realidade aumentada no treinamento de mecânicos. Óculos especiais mostram quais e como as peças devem ser trocadas.

A técnica pode ser utilizada, também, na construção de edifícios. A Siemens criou um protótipo para visualizar o projeto feito no computador em cima da construção real, evitando possíveis diferenças que ocorrem geralmente ao transformar uma planta em um edifício. 

Muito mais que uma mera inovação tecnológica, a realidade aumentada pode ser essencial para salvar vidas. Nos EUA, alguns médicos já utilizam a técnica para evitar processos cirúrgicos. Além disso, ela é usada em treinamentos militares, substituindo a realidade virtual. Segundo a revista Exame, “Em vez de participar de simulações conduzidas em laboratório, que têm muito mais a ver com videogames do que com o campo de batalha, os soldados podem estar no campo, enxergando representações de inimigos em movimento. O equipamento permite praticar com armas de verdade, atirando em alvos móveis — ainda que virtuais –, que se comportam de maneira idêntica ao inimigo e são controlados em laptops.”.

Vários outros exemplos podem ser vistos neste blog aqui.

Marcela Alvarez, 2 de fevereiro às 17h 29min.