Os humanos, os animais, a natureza e tudo que faz parte do nosso planeta terra possuí um ciclo natural da vida. Não precisamos apenas ver o filme do Rei Leão para constatar isso, pois desde pequenos passamos por essas mudanças e aprendemos a lidar, mesmo que muitas vezes difícil, com o inevitável fim.

No entanto, as expressões artísticas, literárias e cinematográficas costumam trabalhar com esse tema com uma certa recorrência. Desde a grécia antiga o questionamento já existia e os mitos serviam como uma maneira de reconfortar, educar e informar o povo dessas concepções.

Desde então, isso não mudou e assim cada um passa a construir sua própria concepção do fim ou não. Para a animadora holandesa, Marsha Onderstijn, seu trabalho no TCC da faculdade foi abordar exatamente esse tema, mas com um viés mais delicado.

Confira abaixo.

A animação, feita completamente a mão, participou de diversos festivais e apenas recentemente, Marsha decidiu solta-lá online como parte de seu portfólio. A história é muito tocante, pois nos mostra um lado sensível da Morte.

Ao longo de muito tempo criamos essa imagem da Morte apenas como algo negativo e visto, na maioria das figuras que personificou, como um inimigo/vilão e sempre perverso. Durante a narrativa conseguimos compreender o que se passa com essa figura que nunca foi tratada de maneira humana e com sentimentos tão genuínos quanto os nossos.

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Infelizmente, como é impossível existir de fato uma relação afetiva corporal entre a Morte e a humanidade, o final da animação se torna mais trágico, mas belo ao mesmo tempo, pois paramos para refletir nossa relação com a Morte mais uma vez.

Ao final, o cervo aceitou o amor da Morte por ele e talvez essa seja a simbologia mais forte da animação holandesa, vamos chegar a um certo ponto em nossa vida que a Morte chegou e agora é preciso ama-lá de volta.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.