A  patrulha do Politicamente Correto triunfa mais uma vez, em um país cada vez mais regido pelo bom-mocismo e pela militância em prol do senso-comum.

Quem mais tem suas experiência de vida e contato com o mundo limitados (para não dizer extintos) são as crianças. A nova geração vive cada vez mais em uma redoma de vidro, em que as frustrações são cada vez mais minimizadas.

Um bom exemplo é a divisão do Kinder Ovo em produtos para meninos e meninas, que praticamente anula a chance de se receber uma surpresa não muito agradável (e isso sem nem mesmo comentar os aspectos sexistas da ação).

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Essa semana o PROCON-RJ vetou a distribuição do ovo de Páscoa Bis Xtra, alegando que incita as crianças à violência verbal.

Explica-se: a embalagem do produto incita as crianças a customizarem-na com adesivos e entregar para algum de seus amigos. Dentre frases que podem ser usadas para “sacanear”, expressões como “nerd” ou “morto de fome”.

Para o órgão, a brincadeira incita o bullying e foi feita, segundo a Secretária de Estado de Proteção e Defesa ao Consumidor, “por alguém sem noção”. Mas será mesmo que o ovo de páscoa é o grande vilão do bullying?

Não é a mesma discussão que se tem com videogames desde a década de 90 (que, aliás, começou com Mortal Kombat lá fora e até já virou lei mais de uma vez por aqui), que nunca se chegou a absolutamente nenhum concenso?

É preciso se pensar em aspectos que já se têm plena consciência da influência no comportamento e no desenvolvimento da criança, como a educação dentro de casa e mesmo na própria escola.

Campanhas sobre isso não faltam, um exemplo interessante, recente e impactante, é este em que as crianças mexicanas fazem coisas que, normais para um adulto, parecem absurdas quando copiadas.

Para finalizar, uma homenagem ao game que os politicamente corretos amam odiar e que, como o próprio nome já diz, tem tudo a ver com bullying.

Minha barba. Minha vida.