O que aconteceria se todos tivessem acesso a armas? A Publicis Rússia tentou descobrir, colocando no ar uma simulação online que permitia que pessoas mirassem e atirassem o que achavam ser armas reais, em uma praça cheia de pessoas.

Na verdade, as pessoas que apareciam na tela eram atores contratados. Quando um dos “atiradores” decidia atirar, eles ouviam um comando para que caíssem no chão, o que fazia os usuários acreditarem que tinham, de fato, assassinado pessoas.

Imediatamente, os atores levantavam do chão e a seguinte frase aparecia na tela: “Nem todos são donos de armas responsavelmente, mas elas ainda são vendidas abertamente”.

Como resultado da campanha, vemos que a diferença entre video-games e realidade nem sempre é nítida. Um a cada 27 usuários escolhia atirar nos cidadãos que viam na praça, enfatizando a impunidade que o anonimato da internet dá as pessoas.

Embora a Publicis tivesse tirado sua ideia de um bom lugar, também correu riscos com o filme para a IEFGC (Entusiastas Independentes Para o Controle de Armas), gerando visibilidade para uma questão muito problemática e polêmica, mas também dando espaço para o aumento da mistura do real e virtual.

De grão em grão, tanto bate até que fura.