Quando pensamos em pintura, sempre vem à mente aquela coisa estática, emoldurada e pendurada na parede empoeirada de algum museu esquecido, retratando pessoas vestindo roupas coloridas ou paisagens sem graça.

Grande bobagem! Assim como todo o resto do mundo, a pintura evoluiu e muito! Só olhar alguns dos quadros gigantes do cubano Gustavo Acosta que toda a concepção de pintura contemporânea muda.

Uma das formas em que podemos apreciar a pintura de uma maneira bastante diferente é quando ela é usada em animação. Não é um processo fácil: como um stop-motion, ou os antigos filmes da Disney, desenhados quadro a quadro, a quantidade de desenhos necessários para poucos minutos de movimento é enorme. E imagina fazer isso com pincel e tinta.

O resultado, por sorte, costuma ser muito bom.

Um exemplo interessante é o clipe da dupla folk The Sea The Sea, que retratou a noite novaiorquina somente em tinta a óleo. Aquela tinta mesma das pinturas chatas e sem graça de paisagens e arvorezinhas.

A animação foi dirigida por Zachary Johnson, conta com 3.454 quadros únicos pintados a mão e demorou oito longos meses para ficar pronto.

Outro exemplo, talvez ainda mais bonito e trabalhoso, é a homenagem que o artista Anders Ramsell fez para o clássico de ficção científica Blade Runner, de 1982.

São 35 minutos que recontam a história do filme em belíssimas pinturas em aquarela, uma das formas dessa arte mais difíceis de se dominar.

Consegue advinhar quantos quadros foram pintados para essa animação?

Nada menos do que 12,597 mini-quadrinhos de 1,5x3cm que podem ser vistos no site do artista.

Minha barba. Minha vida.