Uma das marcas mais queridinhas da moda underground, perdendo apenas para a Supreme, acompanhou a ascensão do rap e se tornou enorme. O que poucos sabem é que essa mesma arte esteve por muito tempo em muros e outdoors, mostrando que apesar do preço hoje não ser nem um pouco democrático, Obey já foi gente como a gente.

O hype pela Obey é ligeramente irritante. Andar nas ruas de São Paulo sem ver alguém vestido com aquele moletom clássico com uma faixa vermelha no peito é quase que impossível, sem falar que o domínio popular gerou uma quantidade considerável de produtos piratas (ou as mais conhecidas réplicas idênticas). O que não é nenhum descrédito, já que a marca nasceu na resistência das ruas.

O pôster que lançou a marca, e que na verdade poucos sabem da sua origem, fez parte da campanha de Obama “HOPE”. Shepard Fairey trouxe toda essa pegada política das ruas para suas peças, viralizando e criando uma estética inconfundível.

A plataforma de streaming que até já ganhou Emmy por suas séries, traz mais um enredo promissor com a vida de Shepard Fairey. O ativista, punk e consideravelmente maloqueiro (que inclusive já foi denunciado por vandalismo) se tornou um dos artistas gráficos mais conhecidos do mundo. Com a direção de James Moll, o documentário “Obey Giant: The Art & Dissent of Shepard Fairey” promete ser intrigante.

Em dois dias o conteúdo estará disponível na plataforma, mas como o Brasil não tem acesso a ela (ainda), e a ansiedade é a doença do século, achamos uma segunda opção. Um curta produzido em 2012 por Julian Marshall. “Obey The Giant – The Shepard Fairey Story” conta um pouquinho da história do vândalo mais amado do mundo.

 

eu causei desgosto pro enem, mas to aqui.