A única constante da comunicação é a mudança. Hoje estamos presos em nossos celulares, vidrados em feed de notícias e em informações que não param de chegar. Duvida? Experimente abandonar o seu aparelho – android ou iOS – por uma tarde que seja e observe o caos acontecer.

Amanhã os fatos podem ser diferentes e esse tipo de mensagem pode nos atingir de outra maneira: na forma de um relógio (certo, Apple?), de um anel ou até de um tênis futurista. Não é possível saber ao certo, mas não dá para negar que haverá comunicação de algum jeito.

Nós gostamos de falar, escrever e compartilhar conteúdo. Conteúdo. Bom, essa palavra tem sido muito discutida por especialistas em cibercultura e acaba nos posicionando em um caminho tortuoso. Aliás, alguém sabe para onde seguir?

Nossas relações estão sendo “estreitadas” pelas plataformas on-line. Tudo acontece e é divulgado lá (que também é aqui).

É mais ou menos como a cultura do: não foi postado, não aconteceu. Não sabemos (ainda) o que fazer com tanto material e tantas informações que narram sobre os nossos hábitos, gostos e principalmente desgostos.

Um documentário muito interessante resolveu dar um palpite sobre esses rumos. Focando na temática arte e tecnologia, “The Future of Art” ilustra os mais diversos casos sobre como a internet é capaz de transformar rotinas e aproximar informações.

Pense, por exemplo, no Kickstarter (portal que permite o financiamento de projetos), em trabalhos que são feitos inteiramente em “nuvens” e todo tipo de genialidade que simplesmente viraliza e transforma a vida das pessoas.

Tudo isso é citado no vídeo, de aproximadamente vinte minutos (prometo que vale a pena), que até possui um formato de filmagem que lembra uma webcam. Assista e entenda mais:

Incrível, não? O termo “internet das coisas” tem se tornado a cada dia mais nítido e é provável que não exista mais vida contemporânea sem conexão. E não estou falando de cabos presos a uma máquina, mas sim desse ritmo frenético de troca, parceria e qualidade de comunicação.

Para finalizar, segue um trecho de uma entrevista com o filósofo Pierre Lévy que é capaz de sintetizar toda essa relação entre vida, arte e comunicação:

“As novas mídias não têm impacto negativo. O impacto negativo acontece quando as pessoas estão expostas a coisas negativas. O problema não é a internet. É a falta de disciplina mental. Seria o mesmo que dizer que as estradas são malvadas porque matam gente. Não, na verdade são as pessoas que dirigem mal.”

Nome de rei, força de vontade de plebeu.