A Bela e a Fera é a mais nova na sequencia de adaptações live-action dos clássicos filmes da Disney. Altamente antecipado, o longa será lançado no dia 16 desse mês e estrela Emma Watson (saga Harry Potter) e Dan Stevens (Legion). A escolha de Watson para o papel foi de grande polêmica, não por dúvidas sobre suas habilidades na dramaturgia, mas por sua escolha de participar de um dos mais polêmicos contos de fadas.

A atriz sempre se declarou feminista, mas mesmo assim estrela num filme que tem sido acusado de glorificar tratamentos abusivos, bem como retratar um caso de Síndrome de Estocolmo.

O distúrbio se trata de casos nos quais indivíduos em cativeiro passam a se identificar emocionalmente com seus captores, eventualmente até se apaixonando por eles.

Embora o relacionamento retratado no filme seja claramente abusivo, com mudanças constantes de humor, violência e diversos casos de subestimação da personagem Bela, fora o cativeiro da mesma, que obviamente restringe sua liberdade, Watson continua defendendo sua posição em aceitar o papel. Argumentando que Bela se mantém com a “mente independente”, ela diz que sua personagem discute com a Fera, geralmente se posicionando contra ele.

No entanto, a princesa de fato aceita as inúmeras instâncias nas quais seu captor tem reações exageradas a suas ações, tenta a controlar e não consegue conter sua raiva.

Embora abordar a Síndrome de Estocolmo seja complicado, assim como qualquer distúrbio mental, fica claro que o relacionamento das personagens titulares do filme não é nada saudável, muito menos um exemplo para os que o assistem.

De grão em grão, tanto bate até que fura.