Sinapse por Pedro Hutsch Balboni, 10/08/09 às 18h14

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Antes de começar o marasmo das férias, falávamos muito sobre buscadores aqui no Newrônio. “Buscadores? Como assim?”. Buscadores, como Google, Yahoo, Bing… Sistemas criados para organizar a informação.

No post “Buscadores 2.0“, a Drika falou sobre um panorama geral – antes de mim – dos buscadores entrando na era da web 2.0, mais interativa, ágil e customizada. Vale ler para conhecer diversos buscadores como o Kosmix e o Midomi (“0 primeiro busca ao mesmo tempo fotos, videos, links, comentários, audio, tornando sua busca muito mais eficiente”, enquanto o segundo é um aplicativo para o iPhone “que permite você encontrar qualquer música a partir de 10 segundos de gravação desta pelo rádio ou cantando”). Outro tema abordado é o uso de tags para facilitar a busca, ou seja, palavras-chave que podem facilitar o trabalho dos buscadores.

Algum tempo depois, é lançado o Wolfram Alpha, apontado por alguns para ser algo como o sucessor do Google, mas que não parece ter dado tão certo assim. Como o Cris disse, é uma espécie de Google misturado com Wikipédia, mostrando sempre dados relacionados ao termo pesquisado. A proposta do Spezify é mostrar os resultados da busca numa espécie de mural, ou seja, organizar a informação de forma muito mais imagética.

Há ainda buscadores voltados para objetivos mais específicos, como o Pipl, que mostra o registro das pessoas na internet, até mesmo comentários em blogs e afins entram na busca. Outro buscador que merece destaque e também já ganhou post é o TinEye. Com ele, você faz o upload de uma imagem, e ele encontra sites onde essa imagem apareceu. Parecido, mas mais focado, temos o Inconfinder, voltado para encontrar ícones para o seu computador. Outro buscadorer de ícones, talvez mais interessante, é o Interlift. O Seeqpod é outro bom exemplo de busca focada, ele é voltado para a busca de músicas na internet.

 

grama Newronio ESPM

 

Além de tudo isso, ainda temos a busca alternativa dentro das comunidades virtuais como  o OrkutFacebookMSN e Twitter – talvez o motivo por uma sensível queda no uso de buscadores em junho de 2009?

E de que faltou falar? Do Google, claro! Quer dizer, não faltou falar, eles estão em tudo. A Microsoft até lançou um novo sistema de busca, o Bing, mas ainda é difícil imaginar que alguém possa competir com o grande gigante virtual. [Atualizando] Vi no Nós da Comunicação sobre “um estudo do Efficient Frontier, que cobriu 252 milhões de cliques nos sites de buscas nos últimos dois meses”, e nele “o Bing aumentou sua participação no mercado em 45% desde o lançamento”, enquanto “o Google e o Yahoo! tiveram uma ligeira redução de 1,4% e 0,63%, respectivamente.” “Além disso, a ferramenta da Microsoft apresentou melhor desempenho com relação às concorrentes na média de cliques em anúncios.”

O desenvolvedor de web Michael Kordahi criou o site Blind Search, funciona assim: você faz a busca, e ele mostra os resultados em três colunas diferentes, cada coluna corresponde a um destes buscadores: Google, Yahoo! e Bing. Assim, a finalidade do site é avaliar qual dos buscadores traz melhores resultados ao usuário, sem que haja a interferência da marca, uma espécie de teste cego. Os resultados? O Google fica menos poderoso do que o conhecemos sem seu logo, com 41% da preferência, contra 31% do Bing e 28% da Yahoo! (duração do teste: um mês). No mundo real, o Google tem 65% das buscas realizadas, mas tudo leva a crer que, apesar de contrariar o senso comum, pode haver concorrência no ramo de buscadores virtuais. [Atualizado]

Sempre que penso em buscadores penso em como eles estão, em resumo, coletando informações nossas e as cruzando, percebendo padrões e chegando a resultados que certamente não chegaríamos sozinhos. Estão, grosso modo, construindo uma espécie de cérebro virtual, estudando o modo como pensamos. Mapeando os aspectos mais inusitados de nosso comportamento. Houve até um caso de descoberta de uma epidemia usando o Google Insights, não?

Twitter @phbalboni @newronioespm

(Vale também ler o texto da Hanna sobre como navegamos na internet, ou a tradução feita pelo Cris).