Sabe aquele seu amigo que tem um tal de proxy que muda sua localização geográfica pra ter acesso ao conteúdo americano do Netflix, que tem mais títulos e temporadas mais recentes de seriados do que a versão brasileira?

Desde janeiro desse ano esforços da marca para barrar essa prática considerada ilegal têm sido vistos, apesar de nenhum pronunciamento sobre uma mudança e postura. A Netflix apenas afirma que o conteúdo digital é restrito à contratos geográficos e a quebra de barreiras sempre foi uma violação de seus Termos de Uso.

Nessa semana, o Netflix anunciou que está trabalhando para que as barreiras regionais sejam derrubadas e o seu conteúdo passe a se tornar global, algo que para nós e para o serviço com certeza é um alívio. Mas o mesmo não é verdade para distribuidoras e representantes de estúdios e canais estrangeiros.


(vídeo do portal Complex sobre o tema)

A ideia se pauta na simples premissa de que o combate deve ser não a essas práticas em si, mas à pirataria como um todo. E Netflix apresenta sua interessante tese de que a pirataria ocorre menos por usuários que preferem burlar o sistema de pagamentos e mais pela indisponibilidade do conteúdo em sua região.

A pirataria entra no radar do serviço como consequência de seu posicionamento recente, em que deixou de ser apenas uma plataforma para agregar produções de outras empresas e passou a desenvolver conteúdo próprio exclusivo.

A terceira temporada de House of Cards, por exemplo, teve mais de meio milhão de downloads ilegais via torrent durante as primeiras 24h de sua disponibilização online. Mais do que o dobro da segunda temporada, mas ainda bem abaixo dos seriados mais baixados ilegalmente, como Game of Thrones da HBO.

Com sua entrada no mercado de grandes produtoras de conteúdo, Netflix vai aos poucos tendo que se preocupar com a rivalidade ilegal que as grandes indústrias de cinema e música já enfrentam há anos.

Minha barba. Minha vida.