Hoje em dia, os celulares com câmera iniciaram uma era na qual tudo é documentado e colocado na rede. Isso fez com que as imagens das pessoas fossem muitas vezes utilizadas por outros com objetivo de difamar aquelas.

Qualquer coisa é motivo de compartilhamento, e muitas vezes sem autorização das pessoas que são expostas no conteúdo da divulgação. Fotos nuas, vídeos de câmeras escondidas, gravadores de voz, todos eles fazem parte do material que um grupo de “sem-noção” publica na internet com objetivo de expor outros.

Afinal o que deve ou não ser compartilhado na internet?

A maioria do que é postado na internet tem um objetivo implícito. Uma frase que parece ser aleatória as vezes pode ser dirigida a alguém específico. Ter como objetivo provar uma certa característica, como utilizar de uma frase de um filósofo para que percebam que você conhece esse conteúdo, postar uma música para impressionar alguém que tenha aquele gosto musical, compartilhar uma foto em um local que possa vir lhe trazer um certo status. Existem diversas maneiras de utilizar desse comportamento para um outro objetivo que não seja compartilhar algo que realmente diz respeito a outros.

Nessa linha, a recente (mas que sempre acontece) divulgação de fotos de atrizes nuas na internet nos leva a pensar, até que ponto não foi uma jogada de auto publicidade por parte das próprias famosas? Há de se pensar se todo conteúdo que é divulgado “contra a vontade” possui realmente essa característica.

Há também a discussão de que há muito conteúdo compartilhado a todo momento que não diz respeito a ninguém e chega até incomodar àqueles que compartilham da mesma rede social, o que impulsionou até mesmo a criação de uma ferramenta que bloqueia conteúdos a partir de palavras-chaves, o chamado Rather.

Levando em conta todo esse conteúdo utilizado desnecessariamente, a Western, empresa de discos rígidos, criou uma campanha na qual incentiva as pessoas a não mostrar a todos um conteúdo pessoal. É a campanha “Keep it Personal” que conta com dois vídeos dirigidos pelo inglês Rocky Morton.

Música, música e música.