Há muito tempo as animações da Disney têm sido alvo de críticas quanto ao recorte que fazem da sociedade, trazendo à tona mulheres frágeis e submissas, donzelas indefesas à procura de um príncipe encantado que salve o seu dia. As princesas clássicas são o perfeito estereótipo conservador da mulher: aquela que cuida da casa, que não tem nada a oferecer que não seja sua doçura, delicadeza e beleza, recatada e que vê em seu casamento a única salvação de sua vida monótona.

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Entretanto, a companhia tem se esforçado nas últimas décadas para quebrar esse padrão, criando personagens femininas que têm vontades próprias e que tomam a dianteira de seus destinos. Além disso, o foco das histórias tem mudado de um interesse amoroso para relações mais complexas, como pais e filhos, irmãos e amizades. Os filmes trazem maior maturidade para seu storytelling e procuram preparar as crianças para situações mais palpáveis da vida real e do mundo como ele é.

O novo filme “Moana”, que tem estreia prevista para o dia 23 deste mês nos Estados Unidos, traz como protagonista uma jovem capaz de controlar água e seu amigo Maui, um semi-deus. O personagem de Maui é muito bem-construído e interessante, entretanto, os criadores fizeram o máximo para colocá-lo em segundo plano, uma vez que essa era a história de Moana, não de Maui.

O filme também vem carregado de grandes expectativas, pois além de ser dirigido por Ron Clements e John Musker, que trabalham nos estúdios Disney desde os anos 70 e participaram de várias produções de sucesso, também não houve nenhum pico de sucesso de histórias da Disney desde os anos 90, quando foram lançados filmes como A Bela e a Fera, Aladin, O Rei Leão, Pocahontas, O Corcunda de Notre Dame, Hércules, Mulan e Tarzan.

Não conseguiu ser VJ da MTV.