E agora? Você tem seu próprio negócio, comprovadamente viável, e precisa de capital? A quem você poderá recorrer, já que investir recursos próprios não é o seu caso? Já esgotou sua lista de procura entre amigos e familiares, linhas do BNDES ou FINEP, empréstimo bancário, investidor anjo? financiamento colaborativo ou “crowdfunding” ? Alguma outra possibilidade?

Para muitos investidores que não têm idéia onde colocar o próprio dinheiro há um novo negócio na praça: o chamado Equity Crowfunding que funciona como uma mini bolsa de valores de startups e pequenas empresas e começa muito timidamente no Brasil. Esse tipo de operação torna possível você comprar frações de um novo negócio, juntamente com um grupo interessado no financiamento de um determinado projeto.

O executivo Fausto Caron, de 34 anos, foi um dos investidores que aportou R$ 200 mil na Broota – plataforma de investimentos que recebeu o aval da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para financiar sua ideia pela internet: reunir empresas e projetos de negócios com potencial para captar recursos coletivamente.

“Um investidor anjo precisa dispor de muito mais dinheiro, no mínimo R$ 50 mil”, informa Frederico Rizzo. A média desembolsada para cada investidor no projeto ficou entre R$ 7 e R$ 8 mil.

A iniciativa é pioneira no Brasil, mas é só o começo se comparada ao avanço da modalidade nos Estados Unidos. Recentemente, o site de financiamento coletivo Kickstarter  atingiu R$ 1 bilhão em investimentos nos Estados Unidos, mais da metade em 12 meses.

Caron acredita que cada pessoa procura projetos relacionados ao próprio perfil. “Alguns preferem investir em uma empresa com perfil sustentável, outros procuram um projeto de comércio ou um setor com o qual tenham se relacionado no passado”, conta.

Há ainda quem procure investimentos mais palpáveis, com algum retorno tangível, diz Caron. Mas o principal, acredita o investidor, é que a ideia seja inovadora e com potencial de crescimento que atenda às necessidades do mercado.

Finalizando, ainda há alguns ajustes de legislação que a CVM estuda a regulação específica para esse tipo de operação.

Até a próxima semana.

Fontes:
http://economia.ig.com.br/financas/seunegocio/2014-08-26/mini-bolsa-de-startups-e-nova-aposta-do-investimento-coletivo-no-brasil.html
http://economia.ig.com.br/financas/seunegocio/2014-07-17/pioneiro-capta-r-200-mil-com-crowdfunding-de-investimento.html

Untitled

Paula Calil

Administradora pela EAESP/FGV e Mestre em Semiótica e Linguística pela FFLCH/USP.
Como experiência profissional foi consultora de empresas e publicitária em empresas e agências de comunicação.
É Professora de Planejamento Estratégico de Marketing na ESPM, nos cursos de Comunicação e Jornalismo.

Os colunistas do Newronio são professores, alunos, profissionais do mercado ou qualquer um que tenha algo interessante para contar.