A revista “The New Yorker”  segue uma tradição de capas incríveis, artísticas e muitas vezes críticas.

Suas capas são tão especiais, que são até vendidas em diversos tamanhos, por aproximadamente US$ 125.

A revista, desde 1925, dá um show de direção de arte, convidando verdadeiros artistas para fazer suas capas sem nunca perder a identidade da marca, sempre respeitosa a seu conteúdo.

Françoise Mouly, diretora de arte da revista, emprego que é um dos mais desejados do mundo para criação publicitária, decidiu recentemente botar uma estratégia que já estava planejada mas que ainda não tinha sido selecionado o conteúdo mais apropriado.

A ideia não é nova, já foi feita pelo The New York Times, pelo Times e por outros, mas para a revista é uma verdadeira inovação. A capa da próxima semana será animada em formato GIF (Graphics Interchange Format), de forma sutil e muito fiel às tradições da marca. Ela ilustra um carro táxi amarelo, tipicamente nova iorquino, visto da janela de um outro carro, em um dia chuvoso, a animação presente apenas em algumas gotinhas.

A ideia foi do ilustrador, designer gráfico e autor de vários livros Christoph Niemann e ele intitulou de “Rainy Day”.

“Quando eu cheguei a Nova Iorque pela primeira vez, estava garoando. Talvez por isso que, na minha mente, não exista lugar no mundo que ficar preso no trânsito em um dia chuvoso seja tão bonito quanto aqui” , disse Niemann sobre a ideia.

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Já que estamos falando da revista mestre em capas, não podemos deixar passar a oportunidade de dar mais alguns exemplos sensacionais de capas da New Yorker, que apesar de não serem animadas, são de admirar!

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Essa capa é de 29 de março de 1976, ela foi feita pelo já falecido ilustrador e cartunista Saul Steinberg. Ela ilustra a visão do mundo a partir da 9th avenue de Manhattan. Apesar de ser de décadas atrás, a imagem ainda reflete muito bem a visão do norte americano do ponto de vista geopolítico.

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A capa acima é uma das capas mais famosas e considerada uma das melhores de todos os tempos. Ela é de 24 de setembro de 2oo1 e ilustra a tragédia do 11 de setembro. Criada pelo reconhecido cartunista Art Spiegelman, cujo principal trabalho foi o romance gráfico “Maus”. Ela foi votada como top 10 de melhores capas de revistas dos últimos 40 anos pela Sociedade Americana de Editores de Revistas. Ela aparenta ser praticamente toda preta, mas ao prestar um pouco mais de atenção é possível perceber as silhuetas do World Trade Center, cuja antena invade o “W”do logo da revista.  Dependendo da luz, as imagens das torres ficam completamente invisíveis, e essa foi a genial jogada de Spiegelman,, uma hora elas estão lá e outra hora já não estão.

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Alguns meses depois da tragédia, foi publicada essa capa em 10 de dezembro de 2001 de  Maira Kalman e Rich Meyerowitz. A imagem ilustra a “New Yorkistan” e representa um mapa de Nova Iorque com nomes do Oriente Médio. Ela ecoou a capa de Steinberg, mostrando uma visão plana e panorâmica da cidade.

Música, música e música.