Sinapse por Marilia Matai 05/03/2010

Depois do boom causado pelo novo brinquedinho da Apple, algumas controversas sobre o revolucionário produto aparece pela mídia e nas conversas dos consumidores. Afinal, o IPAD é uma revolução ou apenas mais uma tecnologia mal aproveitada?

Com o lançamento do Ipad, todos os adoradores da Apple, de Steve Jobs, de touch screen, de produtos funcionais ficaram perplexos com o “aparelhinho” que tem uma duração de bateria exorbitante, permite navegação na Internet, ver vídeos, ouvir músicas, jogar, escrever e armazenar arquivos, assim como um computador.

O grande ponto disso tudo é que o Ipad não é um computador, ele nem chega perto disso, pra você ter uma idéia é necessário até um adaptador para USB, se você quiser passar fotos da sua câmera para o Ipad vai ter que comprar outro adaptadorzinho, se quiser imprimir alguma coisa, outro adaptador e por aí vai a infinidade de adaptadores.

Outro ponto é a navegação na Internet, o Ipad não tem o Flash, da Adobe Systems, utilizado em vários sites da Internet como o Youtube. E aí, desse jeito ele vai substituir um netbook?

Obviamente o netbook fica longe de ser um adversário do Ipad, mesmo porque é até desnecessário comparar o preço de um netbook (R$ 650) contra o do Ipad que no Brasil irá custar em torno de R$ 1800. Para nós brasileiros, R$1800 é preço de computador.

Um possível desafiante do Ipad é o Kindle, da Amazon. O kindle tem autonomia de bateria para uma semana, é lento e preto e branco. Por outro lado, o Ipad tem autonomia de dez horas de vídeo, é colorido e rápido. Mas, o kindle é só o kindle e custa U$S 279, justamente porque a sua funcinalidade é bem restrita a e-books, jornais e alguns sites.

Há ainda uma outra discussão, a tela de LCD do Ipad. Segundo alguns jornalistas e especialistas, eles dizem que a leitura em telas de LCD é bastante cansativa se comparado a leitura em papel, como são as revistas e os jornais. E quanto a isso, dizem que para convencer alguém pra comprar algo apenas por essa “função de kindle” não é uma estratégia de marketing convincente.

A proposta de assistir filmes também não é tão satisfatória, uma vez que é necessário ficar segurando o Ipad com as mãos, o que parece ser cansativo, ou então apoiá-lo em alguma superfície, acho que não é uma experiência das melhores.

E por fim, a mídia impressa que tem como palavra, o raciocínio de que não importa Ipad, Kindle, netbook, o que importa de fato é a Internet e é essa a função da mídia impressa no futuro, estar na Internet, independentemente se está for do celular ou do computador. O Ipad não é uma grande aposta para a mídia impressa que mal se preocupou com o lançamento desse novo aparelho.

E aí Apple, tem como melhorar isso tudo? Steve Jobs convence um público que embora não estivesse esperando por nada parecido como o Ipad, quer muito mais do que isso, quer uma funcionalidade menos restrita, um aparelho menos “trambolho”, um design, uma tecnologia que realmente valha a pena desembolsar R$1800 e não uma mistura de kindle com um i-touch, ou um netbook limitado e touch screen.

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