Quando alguém te diz a palavra “Google“, o que vem à sua cabeça? O site de buscas, provavelmente. Talvez alguma curiosidade como “descobri que tem um escorregador no meio dos escritórios do Google!”, ou algo do tipo. Mas desde ontem, quando o CEO Larry Page fez seu anúncio à mídia, você pode associar o Google à outra coisa: a empresa que vai tentar descobrir a receita para a imortalidade humana.

Talvez imortalidade seja um exagero. O projeto Calico, um braço do Google criado por seu co-fundador, é uma empresa voltada à saúde e principalmente, envelhecimento. Com o argumento de que no ramo da saúde descobertas legendárias demoram entre 10 e 20 anos para serem concebidas e realizadas, Page defende então que coisas que serão importantes em duas décadas precisam ser trabalhadas agora. Como fazer a população viver além dos cem anos, por exemplo.

Page é um grande fã de Ray Kurzweil, autor e inventor americano que lançou uma teoria chamada “Singularidade“. Essa teoria defende que um dia a tecnologia estará tão avançada que começará a ir contra os próprios princípios da vida. Sim, é aí que entram máquinas do tempo e poções da imortalidade, por exemplo. Em 2008, o Google se tornou uma espécie de patrocinador da Singularity University, que pesquisa inovações nesse campo, e dois anos atrás Kurzweil entrou para a equipe de funcionários do Google.

“Estou interessado em ideias que são um pouco malucas,” disse Page, após o anúncio. O que é verdade, já que muitas pessoas defendem que se cientistas encontrarem um jeito de enganar a morte – ou pelo menos prolongar a expectativa de vida – teremos sérios problemas de superpopulação e desbalanço econômico, já que boa parte da população será mais velha e dependente do governo.

Veremos o que Calico consegue descobrir em 10, 20 anos. Agora, a pergunta que não quer calar é: imortalidade é legal, mas estamos em 2013, Google! Cadê minha hoverboard?

Julia. 20. Cursa comunicação social e resolve cubos mágicos. Leva personagens fictícios muito a sério.