O fotógrafo sul-coreano Seung-Hwan OH criou uma série lisérgico-alucinante de fotografias com a ajuda de bactérias.

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Seu método consiste em mergulhar o filme em uma solução que contém água e alguns micro-organismos. Com o tempo, essas bactérias atacam os componentes químicos do filme sensíveis à luz, resultando nessa incrível série.

O fotógrafo estima que apenas 1 a cada 500 filmes revelados apresentam um resultado satisfatório e, dos milhares de frames produzidos por Seung-Hwan, apenas 15 compõem a série que ele denominou de “Impermanence” (Impermanência, em português).

Segundo o artista: Meu trabalho é resultado do meu interesse e de abordagens em relação a outras disciplinas, como a filosofia e a ciência. É necessário deixar o filme úmido e com uma temperatura suficiente para o molde se propagar. Depois disso é só checá-lo de vez em quando.

A série completa e outros trabalhos de Seung-Hwan OH podem ser conferidos em seu site oficial.

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Outro projeto interessante de criação para fotografia é o dos estudantes de artes visuais Josh Lake e Luke Evans que resolveram engolir alguns negativos para explorar seus sistemas digestivos.

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Os filmes de 35mm foram dobrados e colocados em uma cápsula para permitirem que os ácidos e os fluidos do sistema digestivo dos artistas processassem o filme.

O projeto intitulado “I turn myself inside out” é interessante por justamente transformar o corpo na ‘máquina’ que produz o filme. Uma Leica orgânica, por assim dizer.

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Em tempos de fotografia digital e, principalmente, de instagram (onde qualquer amiguinho se acha fotógrafo na sua timeline) é muito interessante encontrar artistas que subvertem o processo de composição fílmica de maneira tão inusitada.

Sai sempre de casa com uma palheta, uma câmera e um livro.