Cada vez mais nos afastamos de todo o processo pelo qual a luz captada pelas lentes de uma câmera se transforma nas fotografias em que vemos.

Hoje com o suporte digital, esse processo é um tanto mais simples, claro. A informação luminosa é diretamente convertida em bytes na própria câmera e as fotos vistas e compartilhadas somente no meio digital, não sendo mais do que esses mesmos bytes para sempre.

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Houve uma época, há não tanto tempo assim, que o processo era um tanto mais complicado. A luz captada pela lente queimava uma película (geralmente com partículas de prata) que se dava o nome de filme fotográfico (ok, você sabe o que é isso).

Para se revelar esse filme é que a grande mágica acontece. É na criatividade e precisão dos processos químicos da revelação que um grande fotógrafo reforça seu talento.

O filme passa por pelo menos 3 imersões em produtos químicos antes de ser ampliado e transformado em fotografia: primeiro o revelador, então o interruptor (que interrompe a ação do revelador) e por último o fixador. Lembrando que isso é o mais comum, não uma regra.

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A ideia dos estudantes de arte Luke Evans e Joshua Lake foi tentar descobrir como o filme reagiria aos processos químicos do próprio organismo humano, uma vez que todo o processo é utilizado unicamente para fins humanos (não há processos análogos na natureza).

Nasceu assim o “I turned myself inside out”, onde os artistas engoliram filmes de 35mm devidamente preparados que, depois de expelidos, foram analisados em um microscópio eletrônico e as alterações neles gravada em belas fotos em p&b.

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E aí, os filmes “digeridos” ficaram legais? Dá pra saber o que é só de olhar as fotos?

Minha barba. Minha vida.