A Nudez está na moda!

Vemos cada vez mais pele em desfiles de moda, filmes, videoclipes, ensaios fotográficos e em festas e festivais por aí. Parece que, de repente, descobrimos toda produção artística que trata do corpo nu seja de artistas estreantes ou de grandes nomes.

A nudez, algo tão comum e banal até poucos séculos atrás, foi sendo condenada e confinada ao espaço privado, quase como uma doença à qual não gostaríamos de estar expostos salvo sob situações muito controladas.

Condenou-se, proibiu-se e hoje até mesmo se multa ou prende. Em 2004 o direito de andar nu foi reconhecido em Barcelona, mas durou apenas até meados de 2011.

De repente todo ensaio fotográfico que faz sucesso na web é de nus (geralmente femininos, o que é um tanto curioso). Banalizou-se a nudez dentro dos padrões estéticos. Aliás, é quase que só essa nudez que vemos na grande maior parte das obras de arte.

Banalizou-se tanto que até executivos de grandes agências de marcas de luxo tiram a roupa para apresentar o rebrand da agência.

“Ah, mas o Sagmeister e a Walsh fizeram isso antes!” Fizeram. Há 3 anos e sem nenhum preparo físico prévio para “corrigir imperfeições”, bem como as próprias fotografias pareciam quase espontâneas.

O que a Viceroy (atual nome da Mode Design Group) fez foi colocar seus executivos em um intenso treinamento físico e cardiorespiratório sete dias por semana durante um BOM tempo antes da sessão.

Aqui não é o corpo tal qual ele é que está em jogo. É a imagem de luxo e perfeição que a agência passa. As fotos são extremamente tratadas e todo o cenário foi detalhadamente trabalhado. Ah, as partes “púdicas” foram todas censuradas no produto final. Mais tradicional e conservador que isso, impossível.

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Só para comparar, fica aqui a newsletter que a Sagmeister & Walsh mandou para todos os seus clientes e parceiros quanto deixou de ser somente Sagmeister.

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(ah, nesse caso, a tarja foi uma inclusão nossa)

Minha barba. Minha vida.