Sabe aquela frase que aparece assim que os créditos acabam? “Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência” Ela possui um passado bastante polêmico e hoje em dia virou um praxe que muitas vezes passa despercebido aos espectadores.

Em 1933 o filme da MGM, Rasputin e a Imperatriz, foi para inúmeras salas de cinema e contava como o líder da revolução na Rússia foi assassinado e seu caso com uma princesa da família real.

Annex - Barrymore, John (Rasputin and the Empress)_01

No entanto, o príncipe exilado Yusupov ainda estava vivo e ele não gostou de como o filme, embora com nomes e sobrenomes trocados, ainda sim difamava sua família, seu respeito e distorcia a história. Como ele tinha sido o responsável por matar de fato Rasputin, a premissa para o processo tinha que ser outra e por conta disso, alegou que a forma como sua esposa foi retratada, principalmente o suposto caso com o revolucionário, trazia má fama para ela.

Poster - Rasputin and the Empress_01

O estúdio teve que tirar o filme de circulação e foi aconselhável para o resto da indústria que fosse necessário colocar nos filmes a serem exibidos a frase para não comprometer ninguém.

Talvez essa anotação tenha virado apenas uma mera cordialidade, porém agora sabemos que se você se identificou demais com um filme é tudo ficção (ou não?)

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.