Eu sou fã de ficção científica. Curto de tudo. Ganhei o apelido de “Vince Vader” pela minha paixão por Star Wars, mas sou fã de muitos outros filmes, séries, seriados, romances e animações sobre o tema.

De 2015 para 2016, uma das minhas obras favoritas completou 50 anos de idade: a saga DUNA do escritor Frank Herbert. A ficção, escrita em 1965, ficou relativamente mais conhecida na década de 1980 por conta do filme “Duna”, dirigido por David Lynch. Pra quem nunca assistiu ou ouviu falar, dá só uma olhada no trailer:

O filme gerou uma série de TV e alguns outros produtos televisivos, mas na minha humilde opinião, nenhum conseguiu chegar perto da complexidade tratada nos livros.

A versão com maior potencial de loucura nunca foi feita, que seria um Duna dirigido por Alejandro Jodorowsky com Salvador Dalí (!), Orson Welles (!) e Mick Jagger (!) no cast de atores. Desta ideia que seria – certamente – muito pitoresca, só há um breve documentário e alguns ensaios:

Voltando aos livros. A narrativa se passa em mais de 21.000 anos no futuro. O universo é regido por poderosas famílias que buscam comandar a produção do “tempero”. Uma espécie de droga que aumenta a vida das pessoas e, se consumido em grandes quantidades, pode gerar o dom da clarividência em alguns indivíduos. No palco desse cenário futurista estão as famílias Corrino, Atreides e Harkonnen. No seio da família Atreides, encontramos Paul, um jovem que está predestinado a ser o Kwisatz Haderach – o escolhido.

No centro da discussão política, militar e religiosa há o planeta Arrakis, que é conhecido como “Duna”. Um local desértico que abriga gigantescos vermes de areia que são responsáveis pela produção do tempero (ou “spice” no original em inglês). Entre os livros há saltos de milhares de anos no futuro. O cenário tecnológico imaginado por Herbert é sensacional: não há quase máquinas, há somente computadores humanos e seres embebidos em uma quantidade suprema de especiaria que lhes confere a capacidade de dobrar o espaço.

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O autor Frank Herbert publicou em vida os seguintes livros que montam a saga: Duna, O Messias de Duna, Os Filhos de Duna, O Imperador Deus de Duna, Os Hereges de Duna e As Herdeiras de Duna. Seu filho Brian Herbert deu continuidade ao trabalho, mas – definitivamente – não me agradou muito. Aqui no Brasil, a Editora Aleph está lançando novas edições bem legais da série.

O primeiro livro, apesar de escrito em 1965, serve como uma metáfora extremamente atual para a atualidade. A destruição do planeta, as guerras religiosas e a busca pelo controle de recursos finitos nunca foram tão atuais quanto hoje.

Recomenda ao extremo a leitura de toda a saga.

Pra quem quiser conhecer meu álbum de Duna no Pinterest, clique aqui.

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Vince Vader

Vicente Martin (@vincevader) é professor de criação digital e supervisor do departamento de criação da ESPM. Estuda, desenvolve e é apaixonado por games.

Os colunistas do Newronio são professores, alunos, profissionais do mercado ou qualquer um que tenha algo interessante para contar.