Você é mulher e já sofreu assédio enquanto andava pelas ruas? Se a resposta for ‘sim’, é a mesma de 98% das entrevistadas de uma pesquisa realizada em agosto de 2013.

Indignada com este e outros dados obtidos na pesquisa, a jornalista Juliana de Faria Kenski tomou uma atitude para uma situação na qual 73% das mulheres escolhem ignorar.

Ela criou o Mapa Chega de Fiu Fiu, uma ferramenta colaborativa com o objetivo de identificar os lugares com maior índice de violência contra mulheres  no Brasil.

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Nele, todos podem fazer denúncias sobre casos de assédio sexual, sofridos ou testemunhados, e registrar no mapa o local da ocorrência. A ferramenta, além de útil e legítima, acaba chocando com os depoimentos, que vão desde assédio verbal até estupros.

A plataforma também evidencia que lugares, horários e as roupas usadas pelas mulheres obviamente não são fatores determinantes, uma vez que as únicas coisas em comum que podem ser observadas nos relatos são a falta de respeito e cara de pau alheias.

E não é só no Brasil que o assunto está em alta: em Nova York, a pintora Tatyana Fazlalizadeh está mostrando sua revolta através da arte.

Por meio de entrevistas com mulheres que sofrem assédio diariamente, a artista produz –por conta própria- cartazes com desenhos das vítimas, as ‘cantadas’ mais frequentes e a devida resposta.

Vale a pena conferir, mais uma vez, a criatividade e a proatividade em nome dos direitos das mulheres, muitas vezes esquecidos:

Não perturbe.