David Andrew Leo Fincher nasceu em Denver, Colorado e, aos 58 anos, é um dos diretores mais prestigiados tanto pela critica como pelo público.

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Com qualquer outro grande diretor, Fincher tem características próprias. O diretor se importa tanto com informação que, enquanto outros tentam esconder elementos que revelam algo mais sobre a história, David centra seus filmes em torno desses descobertas e a relação que elas tem com o que já se sabia. O restante de seu estilo é derivado disso. O não uso da câmera sem tripé, pois passa a sensação de onipresença e de que os eventos estão destinados a aconteceu (Seven e o longa que bate o recorde desse tipo de cena e ainda assim só contém 5) e mesmo quando a filmagem tremida é usada ela representa a instabilidade do personagem. Os closes também são usados raramente, apenas para mostrar que o objeto de foco tem grande importância para a trama. Outra forte característica de David Fincher é o modo como ele valoriza as trilhas sonoras de seus filmes: cada uma delas tem essencial importância nas diversas cenas, sendo fundamentais para a intensificação da emoção do público.

Nomeado para dois Oscars e três Globos de Ouro, a filmografia impressiona não pela quantidade, mas pela qualidade.

Seu segundo longa é Seven (1995), um dos filmes mais importantes do suspense, que conta a história dos detetives Somerset e Mills (Morgan Freeman e Brad Pitt) investigando um serial killer que comete seus crimes de acordo com os pescados capitais. O final emocionante, elenco que, além dos protagonistas, ainda conta com Gwyneth Paltrow e Kevin Spacey, cenas que te prendem do começo ao fim e uma das citações mais conhecidas do cinema -“what’s in the box?- cooperaram para seu sucesso entre a crítica e o público e a disparada na carreira de Fincher.

Quatro anos depois, David dirigiu outro longa que se tornaria um clássico. O Clube da Luta tem um dos melhore finais inesperados do cinema e é muitas vezes considerado tão pretencioso quanto Laranja Mecânica de Stanley Kubrick. Na história Edward Norton é o narrador que sofre de insônia e conhece o sedutor Tyler Durden (Brad Pitt) e, com ele, forma um grupo secreto onde acontecem lutas amadoras.

Em 2007, Fincher fez sua primeira adaptação baseada em fatos com Zodíaco. O filme com participação de Jake Gyllenhall como Robert Graysmith, um cartunista que não é levado a sério por nenhum de seus colegas, incluindo o jornalista criminal Paul Avery (Robert Downey Jr) que o deixa fora das reuniões que se tratam do serial killers que manda cartas codificadas ao jornal e só o inclui quando Robert consegue decifrar uma das mensagens.

A segunda adaptação de histórias verdadeiras veio em 2010 com A Rede Social que conta a história do Facebook desde que seus criadores Mark Zuckerberg e Eduardo Severin estudavam em Harvard. Apesar de todas as pessoas envolvidas na história real terem expressado a distância que a obra tem da realidade, o filme foi nomeado para 8 Oscars, 6 Globos de Ouro, 6 BAFTAs e 2 SAG Awards.

No ano passado Fincher dirigiu um dos melhores filmes do ano. Garota Exemplar não só apresenta atuações perfeitas de Ben Affleck, Rosamund Pike e Kim Dickens mas também uma emocionante história cheia de reviravoltas. O longa narra a historia de Nick Dunne, que ao voltar para casa um dia descobre que sua mulher está desaparecida. O caso recebe grande atenção da mídia, que o condena mesmo antes do caso ser solucinado.

A menina que não sabe o que escrever.