Nesta semana, em meio às Olimpíadas, começou a campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo. Ao final deste mês, acontecerá o julgamento definitivo do impeachment da Presidente pelo Senado.

Após um período de grande movimentação política, estes acontecimentos não parecem estar mobilizando muita gente.

Uma nova mobilização política surgiu entre os jovens com muita força em junho de 2013. Entre as eleições de 2014 e o afastamento da presidente, o envolvimento geral com a política foi muito grande: nunca falamos tanto a respeito e nunca esta geração havia ido com tanto empenho para as ruas. Pudemos comemorar o renascimento do interesse pela política e lamentar o grau de radicalismo e intolerância quando o movimento se polarizou.

Com a proximidade das eleições para prefeito, fica evidente que este potencial jovem politizado não é canalizado para as formas partidárias de exercício da vida política.

Parece haver um abismo entre a política das ruas e a da Câmara dos Vereadores, Deputados ou Senado. No máximo, atentamos para a eleição mais personalista para cargos executivos. E, sobretudo, poucos são os jovens interessados em ingressar numa carreira político-partidária.

Na próxima quarta-feira, dia 24/08, a ESPM em parceria com a FFHC (Fundação Fernando Henrique Cardoso) fará um debate: A crise da representatividade política no Brasil. Ele acontecerá no Auditório Castelo Branco, das 13:30 às 16:00 hs.

A mesa será composta pelo Cientista Social Sérgio Fausto, a Profa. Denilde Holzhacker e o aluno de RI Miguel Sena Pereira. A mediação será feita pelo Prof. Pedro de Santi.

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Pedro de Santi

Psicanalista, doutor em psicologia clínica e mestre em filosofia. Professor e Líder da área de Comunicação e Artes da ESPM.

   

 

 

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