Desde seu lançamento, Stranger Things tem gerado uma base de fãs assíduos, o que vem tanto da nostalgia inevitável que a série passa, quanto da construção de personagens.

Os primeiros 30 minutos da série já apontam os traços mais relevantes de cada personagem e de suas relações entre si. Mesmo sem dar explicações detalhadas de cada um deles, conseguimos entender e sentir empatia ou, em caso mais extremos, entender um pouco das motivações de todos eles ao final da temporada de apenas oito episódios.

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O primeiro episódio da série usa o conflito para nos mostrar as intenções e as características de cada um deles. A medida em que personagens discordam, suas personalidades são levadas à tona. Mesmo que o tópico da discussão seja mínimo, as visões conflitantes dos personagens demonstram o que eles valorizam e a relação deles com os demais.

Além disso, essas interações também indicam o papel que cada um terá na história. Por exemplo, na cena inicial, na qual os meninos jogam RPG, vemos que Mike é quem lidera o jogo e apresenta o conflito ao resto do grupo, o que também acontece após o desaparecimento de Will, Dustin usa palavrões inesperados para uma criança e tem a reação mais espalhafatosa ao que acontece no jogo, mostrando o alívio cômico que ele é no restante da temporada, Lucas parece sentir mais urgência para solucionar o problema que os demais, o que demonstra também nos outros episódios, e Will depende de seus amigos para agir, no caso jogar, o que, novamente, se repete na história principal.

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Com a segunda temporada se aproximando, não sabemos se teremos momentos como estes, nos quais somos apresentados a personagens novos, mas muito provavelmente veremos um aprofundamento nos personagens que geraram tanto amor e identificação na estreia de Stranger Things.

Karsten Runquist se extendeu nessa análise da série da Netflix em seu canal.

De grão em grão, tanto bate até que fura.