O Snapchat foi lançado em 2011, criado por estudantes da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Cinco anos depois, no fim de 2016, o app possuia mais de 156 milhões de usuários no mundo todo. O que começou como um trabalho de faculdade se tornou uma das empresas mais promissoras da atualidade e é difícil conhecer alguém que more em um centro metropolitano e nunca tenha ouvido falar esse nome. O sistema de mensagens trocadas por imagens que desaparecem rapidamente foi uma fórmula que fez sucesso e hoje em dia é avaliada em mais de US$20 bilhões.

Na verdade, a fórmula fez tanto sucesso que se tornou uma ameaça para a empresa de Zuckeberg. Em 2013, o Facebook fez uma proposta de US$3 bilhões, que foi recusada. Conforme via o fantasma crescer cada vez mais e angariar cada vez mais pessoas e valor, a empresa começou a procurar alternativas para tomar o espaço que o Snapchat tinha no mercado – afinal, se não se pode comprá-los, substitua-os. As primeiras tentativas de alcançar a empresa que o Facebook criou datam de 2012, um ano depois da concorrente ter sido lançada. Um por um, esses serviços apareciam e desapareciam rapidamente, até que 2016 chegou ao seu fim e com ele trouxe a consolidação de um serviço: o Instagram.

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Com isso, 2017 tem sido o ano dos “Snapchats Alternativos”. A ideia de imagens efêmeras aparece agora no Instagram, Facebook, no Facebook Messenger e no Whatsapp, e embora isso seja até motivo de piadas e memes ultimamente, a questão é que muitas pessoas estão usando. Sim, talvez não tanto assim no Whatsapp, mas em poucos meses a função Stories do Instagram conquistou cerca de 150 milhões de usuários ativos.

E se existem tantas pessoas utilizando essas imagens no mercado, existem muitas marcas procurando uma forma de faturar com isso. O Snapchat Stories já conta com canais patrocinados para marcas há alguns anos, mas apenas há pouco tempo começou a introduzir propagandas entre as postagens dos usuários. Ainda, quando faziam isso, eram apenas alguns vídeos rápidos e que poderiam ser vistos em qualquer lugar. Se a febre de 2017 veio com alguma vantagem, é que está incentivando pessoas e marcas a utilizar o meio de forma criativa.

Para divulgar a série Punho de Ferro, a Netflix trouxe para o Snapchat um jogo interativo que destravava acesso para o conteúdo da série. A ideia era simples, mas já representa alguma coisa.

Já a Ford desenvolveu um jogo que faz do Instagram Stories uma plataforma onde os espectadores conhecem as funcionalidades do carro. Dividida em três partes, a ação Ford Finger Drive é um bom exemplo de uso funcional e útil que podem ter as plataformas de Stories que tem aparecido recentemente.

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O mundo já está saturado com tantos serviços diferentes de stories. Provavelmente, outras plataformas vão lançar suas versões logo. Se estamos destinados a ter que lidar com várias versões diferentes do mesmo serviço, pelo menos existe alguém a usando de forma criativa.

Texto de Felipe Ritis

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