O que “The Louvre”, Lorde, “In The Air Tonight”, Phil Collins, e “Kiss”, Prince, têm em comum?

A bateria marcada nessas e na maioria das músicas dos anos 80, que agora volta a tona na verdade não foi tão planejada assim.

Durante os anos 70, o som das baterias era muito mais limpo, o que obrigava estúdios a colocarem microfones em todos os lugares possíveis, inclusive dentro dos tambores. Isso era feito por bandas como Pink Floyd, Earth, Wind & Fire e Genesis.

No entanto, quando Peter Gabriel estava gravando seu terceiro álbum solo, Melt (1980), com Phil Collins na bateria, o microfone pendurado no teto do estúdio, para que o produtores conversassem com a banda acidentalmente captou a batida que acabou na versão final de “Intruder” e, mais popularmente, em “In The Air Tonight”.

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A partir de então, o chamado “gated reverb”, tornou-se cada vez mais utilizado, até ser um dos sons mais memoráveis dos anos 80.

No início, esse efeito era atingido da forma mais orgânica possível, com câmaras de eco, ou seja, em um lado de uma sala se colocava um amplificador e do outro um microfone. Com o tempo, as técnicas para esse som foram evoluindo, de caixas de alumínio, pelas quais passavam os sons, até os algoritmos de hoje.

Mesmo esse som tendo desaparecido durante os anos 90, ele agora volta em diversas músicas, como as do Bleachers e Haim.

A Vox produziu um vídeo com mais explicações sobre o som que depois de décadas volta a dominar o rádio:

De grão em grão, tanto bate até que fura.