Nos últimos dias, observamos o nascimento de uma nova empresa que viria a ser o maior grupo de comunicação do mundo, com um faturamento próximo de 26 bilhões de dólares. E mal foi confirmada a união dos grupos Omnicom (responsável por redes como BBDO, DDB e TBWA) e Publicis (responsável, por sua vez, por redes como BBH, Saatchi & Saatchi e Leo Burnett) e já surgiram as inúmeras especulações e possíveis problemas que ele poderá enfrentar.

A tarefa não vai ser fácil para o novato e gigante Publicis Omnicom, se depender dos seus concorrentes WPP, Interpublic e Havas. Isso porque com uma fusão dessa proporção, as marcas que antes haviam optado por um dos grupos, agora vão estar em um único e mesmo grupo, o que poderia não ser um problema se esses clientes não fossem concorrentes. Mas, a nova empresa acolherá uma das rivalidades mais acirradas e históricas – Coca-Cola e Pepsi – além de muitas outras que podem gerar conflitos, caso o grupo não saiba como satisfazer as exigências dos clientes ou simplesmente despreocupá-los. Uma pisada na bola da gigante Publicis Omnicom é tudo que as concorrentes esperam e apostam para conquistar as contas prejudicadas, aliás esse discurso já está sendo usado por elas para seduzir as mais vulneráveis.

Todas essas hipóteses parecem não preocupar os líderes da novata, que já declararam que vão manter divisões claras justamente para que as contas não sejam prejudicadas. Porém, para calar de vez a concorrência e acabar com a desconfiança, a empresa precisará atender as exigências dos anunciantes e criar barreiras a fim de que eles se sintam confortáveis e não procurem outras agências. Além da eterna rivalidade Vermelha (Coca-Cola) e Azul (Pepsi), vale lembrar que outras contas “inimigas” também estão envolvidas com essa união como Apple e Microsoft e Volkswagen e Fiat. Será que o novo gigante da publicidade mundial vai dar conta do recado?

Estudante da ESPM e aspirante a publicitária e comunicóloga. Adora escrever qualquer coisa que não seja sobre ela mesma.