Você já pensou de onde vem as cores?

Claro, com a tecnologia de hoje elas surgem de complicados processos químicos, mas antigamente, quando nossos ancestrais não dominavam essas técnicas, os pigmentos vinham de coisas naturais como terra, insetos, minerais, urina de vaca e múmias.

Muitas vezes o modo de preparo envolvia algo tóxico que matava a pessoa que trabalhava com a cor ou as pessoas que usavam o produto feito com ela, como Orpiment, um amarelo intenso usado pelos egípcios que continha elevados níveis de arsênico, ou o verde Scheele que concentrava o mesmo químico e matou vários durante a época da Revolução Industrial graças a sua utilização em roupas, papeis de parede, velas e brinquedos.

Nos dias de hoje, são as etiquetas que ditam o preço das peças de roupa, mas em alguns períodos, certas cores eram exclusivas a especificas posições sociais e representavam tanto o poder econômico – é o caso do Ultramarine na Idade Media, pois era feito de Lapis Lazuli vindo diretamente do Afeganistão – como poder politico, tal como na Roma Antiga, onde SOMENTE o imperador poderia usar a cor roxo Tyrian.

Para explicar tudo de uma maneira mais didática (e colorida) o designer Korinn Briggs fez o infográfico a seguir

Pigments

Uma curiosidade interessante é que o conceito da cor azul geralmente é o último a se tornar uma palavra nas línguas e, até hoje, existem civilizações que não possuem um termo para designa-la, como a tribo Himba, da Namimia.

A teoria mais aceita é a de que o conceito é o que mais demorado para se formar pois não existem muitas coisas naturais dessa cor, e consequentemente a produção dela era quase impossível.

A menina que não sabe o que escrever.