A Itália sempre foi sinônimo de bons filmes, dos neorrealistas que responderam ao padrão estético vigente durante o fascismo à quebra da barreira da mente humana com Fellini e Antonioni, a maioria dos filmes são verdadeiros estudos sociais, psicológicos e cinematográficos. E para representar a Itália no Oscar de melhor filme estrangeiro, fora escolhido o novo longa de Jonas Carpignano, A Ciambra.

A história irá se passar na região de Calábria, no sul da Itália, região próxima ao norte da África, onde são comuns os ciganos, nômades e imigrantes refugiados. Ela focará no crescimento de Pio Amato, um garoto de catorze anos que acredita ter alcançado a maturidade. Ele bebe, fuma, rouba e se espelha no irmão Cosimo. Após um acontecimento que mudaria sua percepção de mundo, Pio tentará se provar maior e melhor do que o irmão.

O diretor conta em uma entrevista para o Insider sobre como conheceu o verdadeiro Pio Amato e o resto de sua família, que também participa do filme. Bastante influenciado pelo neorrealismo, o diretor estava na região gravando o curta que daria origem ao seu último longa, Mediterrânea. O carro em que se encontrava todos os equipamentos foi roubado por Pio, que na época deveria ter 10 anos.

A Ciambra foi premiado na Quinzena dos Realizadores de Cannes 2017 e se você mora no Rio, poderá conferi-lo durante os dias 12 e 15 de outubro.

Crítico mirim, desenhista amador, escritor júnior e futuro diretor (se tudo der certo).