A palavra “repertório”é tão repetida que já virou até um mantra para muitos profissionais de comunicação. E um pesadelo para todos os outros que vêem-na totalmente esvaziada de sentido ao ser usada indiscriminadamente e o tempo inteiro.

Todo mundo tem que mostrar que conhece muita coisa, sem necessariamente entender do assunto em questão ou mesmo do contexto do mesmo.

Mas quando algum projeto alia uma ideia interessante com o conhecimento do que se retrata, vira ouro. É o caso de The Dark Side of Covers, do artista que tem somente seu username do flickr, Harvezt.

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Cada uma das capas reinventadas têm elementos tanto da história de produção da arte original, quanto de ícones das bandas em questão, músicas e até opiniões de envolvidos. É um trabalho de pesquisa primoroso, que se expressa na descrição de cada uma das fotos no portfólio do artista.

Essa semana, outra iniciativa que usa de capas de albuns famosos bombou na internet: um projeto do jornal britânico The Guardian que juntou capas de albums famosos e a localização retratada no Street View.

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Um detalhe que vale a pena observar: não vemos capas de bandas que estão estourando agora.

Seria isso um aspecto negativo da era da internet e do mp3? Estariamos perdendo essa manifestação tão interessante, tanto do conjunto das músicas quanto do comportamento dos artistas em si?

Minha barba. Minha vida.