O jazz é um estilo musical que surgiu na região de Nova Orleans, nos E.U.A., no início do século XX em meio a comunidades negras daquela região e que apareceu como uma mistura de várias tradições religiosas, principalmente afro-americanas.

100 anos depois, o jazz possui uma infinidade de sub-gêneros que chegam a ultrapassar a barreira do estilo. Seguindo a matéria da semana passada em que listamos 15 discos de blues que você deveria ter ouvido ontem, nessa semana listamos alguns discos importantíssimos (e fenomenais) do jazz.

Com vocês, 15 discos de jazz que você deveria ter ouvido ontem:

 

15 – Art Blakey & the Jazz Messengers – Moanin’ (1958)

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(Ouça o álbum aqui)

O baterista Art Blakey se juntou a Benny Golson no sax tenor, Lee Morgan no trompete, Bobby Timmons no piano e Jymie Merritt no baixo para gravar esse álbum que, a princípio era auto-intitulado, mas cuja música tema, Moanin’, acabou sendo tão marcante que nomeou o álbum. Além da faixa-título, destaques para Blues March Come Rain or Come Shine.

 

14 – Herbie Hancock – Cantaloupe Island (1963-1965)

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(Ouça o álbum aqui)

Herbie Hancock é um dos pianistas mais famosos do mundo (e também do jazz). Antes de enveredar para um estilo mais funkeado e fusion, Hancock fez um dos álbuns mais icônicos do jazz que conta com as clássicas Watermelon Man, a faixa-título Cantaloupe Island Blind Man, Blind Man.

 

13 – Ornette Coleman – The Shape of Jazz to Come (1959)

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(Ouça o álbum aqui)

O saxofonista Ornette Coleman queria chamar esse álbum de Focus on Sanity, nome de uma das músicas do álbum, mas a gravadora insistiu em nomeá-lo The Shape of Jazz to Come porque daria ao público a ideia do quão único era esse trabalho. E ele é tão sensacional quanto o título! Destaque para as faixas Focus on Sanity, Lonely Woman Conginiality.

 

12 – Bill Evans Trio – Waltz for Debby (1961)

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(Ouça o álbum aqui)

Waltz for Debby é considerado por muitos o melhor trabalho do pianista Bill Evans e também um dos trabalhos mais consistentes feitos por um trio de jazz. Críticos afirmam que Evans, Scott LaFaro (baixo) e Paul Motian (bateria) alcançaram uma sintonia ímpar nesse trabalho. Destaque para as faixas My Foolish Heart, Waltz for Debby e Some Other Time.

 

11 – Duke Ellington – Ellington at Newport (1956)

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(Ouça o álbum aqui)

O clássico álbum do pianista Duke Ellington no festival de Newport em 1956 é um dos álbuns/concertos mais aclamados da história do jazz. Além do icônico solo do saxofonista Paul Gonsalves, destaque para as faixas Take the ‘A’ Train, Black and Tan Fantasy, Mood Indigo Jeep’s Blues.

 

10 – The Quintet – Jazz at Massey Hall (1953)

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(Ouça o álbum aqui)

O quinteto que contava com Charlie Paker, Charles Mingus, Max Roach, Bud Powell e Dizzy Gillespie se juntou para esse concerto em 1953 em Toronto, no Canadá. A única vez que esses 5 artistas tocaram juntos foi suficiente para realizar um dos álbuns mais famosos do jazz. Destaque para Perdido, Salt Peanuts A Night In Tunisia.

 

9 – Erroll Garner – Concert by the Sea (1955)

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(Ouça o álbum aqui)

O álbum gravado pelo pianista Eroll Garner em uma igreja abandonada dentro de um campo militar tem problemas de acústica, um piano meio desafinado e uma equalização bastante problemática. Mas mesmo assim o The Rolling Stone Jazz Record Guide e a AllMusic dão nota 10 para o álbum (e a AllMusic afirma que essa é a melhor gravação que Garner já fez). Destaque para I’ll Remember April, Autumn Leaves Red Top.

 

8 – Wes Montgomery – The Incredible Jazz Guitar of Wes Montgomery (1960)

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(Ouça o álbum aqui)

O quarto álbum do guitarrista Wes Montgomery pode parecer bastante presunçoso pelo título, mas é um dos melhores exemplos da técnica impecável e bastante particular do guitarrista. Destaque para Airegin, D-Natural Blues In Your Own Sweet Way.

 

7 – Cannonball Adderley – Somethin’ Else (1958)

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(Ouça o álbum aqui)

Durante sua permanência no sexteto de Miles Davis, o saxofonista Julian “Cannonball” Adderley (que havia abandonado a carreira solo para tocar com Davis) volta como artista principal nesse álbum fenomenal. Essa é uma das poucas participações de Miles Davis depois do ano de 1955 sem ser artista principal – provavelmente retribuindo o favor de Adderley deixar sua carreira um pouco de lado para tocar com ele. Somethin’ Else é com certeza um dos discos mais incríveis do estilo. Destaque para Autumn LeavesSomethin’ Else One for Daddy-O.

 

6 – Charles Mingus – The Black Saint & the Sinner Lady (1963)

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(Ouça o álbum aqui)

Charles Mingus lançou em 1963 esse álbum que consistia em uma única composição dividida em 4 faixas e 6 movimentos (parcialmente escrita como um ballet). The Black Saint and the Sinner Lady é frequentemente apontado como um dos maiores álbuns da história e o perfeccionismo de Mingus – que fez o álbum conter vários overdubs e sessões muito longas de gravação – contribui para essa que pode ser considerada sua magnum opus ao lado do álbum Mingus Ah Um. Destaque para: O álbum inteiro, impossível dividir esse!

 

5 – Sonny Rollins – Saxophone Colossus (1956)

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(Ouça o álbum aqui)

Um dos álbuns mais aclamados do saxofonista Sonny Rollins, Saxophone Colossus é uma marca definitiva na carreira do músico por ser um dos melhores exemplos do seu estilo. Destaque para St. Thomas, Strode Rode e a inacreditável Blue 7.

 

4 – The Oscar Peterson Trio – Night Train (1962)

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Um dos álbuns de maior sucesso do pianista Oscar Peterson apresenta faixas mais curtas do que normalmente se encontra no jazz por uma tentativa, na época, de tocar nas rádios. Com a formação piano – baixo acústico – bateria, o trio é virtuosíssimo. Destaque para as faixas: Night Train, C-Jam Blues Bag’s Groove.

 

3 – The Dave Brubeck Quartet – Time Out (1959)

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(Ouça o álbum aqui)

Um álbum essencial que quebrou o ritmo 4/4 padrão na época em que foi lançado, Time Out é a obra-prima do pianista Dave Brubeck. Além do pianista, o quarteto era formado por Paul Desmond (sax alto), Eugene Wright (baixo) e Joe Morello (bateria). Destaque para as faixas Blue Rondo à La Turk, Take FiveEverybody’s Jumping. Clássico indiscutível e absoluto não só do jazz como da história da música!

 

2 – John Coltrane – A Love Supreme (1965)

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(Ouça o álbum aqui)

O álbum mais aclamado de John Coltrane é um exemplo claro da virtuose que começou a surgir no jazz na segunda metade do século XX.  A Love Supreme é um álbum dividido em 4 partes com Acknowledgement, Resolution, Pursuance Psalm. Coltrane é um dos maiores saxofonistas da história do jazz e deixou nesse álbum sua marca definitiva no estilo.

 

1 – Miles Davis – Kind of Blue (1959)

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(Ouça o álbum aqui)

Considerado pela maioria dos críticos o MAIOR ÁLBUM da história do jazz, Kind of Blue, além de Miles Davis tem contribuições de 3 nomes importantíssimos já citados nessa lista: John Coltrane, Bill Evans e Cannonball Adderley. Qualquer tentativa de definição do álbum o limitaria e diminuiria. Destaque para So What, All Blues e Flamenco Sketches.

 

E o que você achou? Acha que algum álbum ficou de fora dessa lista? Tiraria ou colocaria algum álbum ou jazzista nela? Deixe aqui nos comentários!

Caso não conheça algum desses álbuns, recomendo-os todos mesmo! E viva o jazz!

E não custa lembrar do post feito na semana passada da nossa série “15 discos…”: 15 discos de blues que você deveria ter ouvido ontem.

Sai sempre de casa com uma palheta, uma câmera e um livro.